sábado, 26 de novembro de 2011
Seu all star
Minha premência de você, se tornou algo tão incomum para mim hoje em dia...
Hoje resolvi sentar no chão da minha casa e pensar em nós dois. E recorri as minhas lembranças; escolhi um dia comum. Eu e você deitados no seu sofá-cama e estávamos muito atoa. Queria lembrar porque você me pediu para que eu te fizesse um poema. Mas como eu saberia, meu príncipe? Senti que você queria me dizer algo. Foi bem semelhante de quando olhei para você pela primeira vez, da minha janela, te encontrei.
Lembrei de como eu adorava acordar você e fazer ir procurar os bilhetes pelo seu apartamento bagunçado e de poucos móveis. Eu adorava ser alienada nessas brincadeiras com você. Usei uma caneta azul para escrever o mais engraçado dos bilhetes - não lembro o que havia escrito nele. Coloquei o papelzinho na vasilha do seu cachorro, com água e tudo. Que louca! A água deixou o papel azul e fez as letras se embaralharem, você não entendeu nada e ainda riu da situação.
Quis terminar! Tranquei minhas janelas para não ver você chegar - sempre com suas cervejas e filmes. Não iria te procurar, deixaria para nós esquecermos um do outro. Te deixaria livre para à procura da pessoa certa; que possa te amar com os seus erros e caretices. Que louca mais uma vez! Você vai achar que não te amo, meu príncipe. Não se engane, adoro te amar; com caretas e até mesmo com maconha. Sempre que dá, me pergunto porque. As vezes entendo ou não entendo... Escrevo minhas últimas palavras para você, me despeço sem se despedir, peço o seu abraço sem abraçar. Esse delírio veio do meu medo de descobrir o que não queria, meu subconsciente me dizia que haveria um erro imperdoável. Meu Deus, me ajude! Certas coisas devem permanecer guardadas, mas somos ao contrário: temos amor em excesso, sexo em excesso, conhecimento em excesso. Isso sempre incomodou nós dois, meu príncipe - permanência inacabada.
Aprendi com você e te ensinei também. Não queria te seguir, mas sentia que em seus braços eu saberia de tudo. Eu enxergava suas atitudes impensáveis no seu olhar e notava as palavras que você guardará para mim. Notava-te e queria me vingar, mas não sou assim. Nosso compromisso era amor e ao teu lado me transformava em fera, anjo e mulher. Ah! Eu tinha o hábito de encostar minha cabeça na sua, me aconchegar no seu corpo, só para ver o mundo que viria para nós dois.
O maior acidente é não acontecer. Antes mesmo de vir escrever, da minha agustia vinda junto com as palavras, dos silêncios de noites vagas... Você gostava de me olhar sem beijar, gostava de dormir sem sonhar, de beber e não fumar. Por você, passaria o verão inteiro sem cumprimentar a luz. Posso crer que por você, passaríamos uma vida sem amor!
Isadora
domingo, 13 de novembro de 2011
Dente-de-leão
Preciso confessar a você, que te adoro sem disfarces, meu menino. Percebi isso quando descia a escada ao seu lado, todas aquelas pessoas nos olhando... Ah! Foi tão incomum para mim. Você transformou a minha noite de angustia em felicidade.
Gostei dos nossos cabelos bagunçados, as roupas amassadas, sapatos nas mãos e só nós dois. Parecia o fim de festa perfeito! Estávamos com caras de que podíamos desejar mais um pedido, como se fosse único - acrescento toda vontade do mundo. A areia era a cama; a fadiga tomou conta e ali mesmo dormimos, no frio, na brisa do mar, afinal não esperávamos nada de ninguém e estávamos comemorando o fim e um novo começo. E nem que estivéssemos esperando algo, digo que nem o dilúvio me tiraria dos seus braços. Só eu sei como meu coração se desespera ao sair deles e surge uma arritmia inesperada. E pensei agora: a minha pressa não te deixa fazer promessas... Você simplesmente faz acontecer!
Não sei, mas enquanto você olhava o vazio do céu, eu imaginava te acordando e chamando-te para ver a lua. E imaginava sua voz também. Você emudecido e eu me desesperando por dentro; você sabe o que seu silêncio causa em mim. Ainda assim, fechei os olhos e nos imaginei. Isso pacificou meu coração. Me encolhi em seus braços e então ouvi você falar, respondi com a voz tremula de tanto frio. E você tentou me proteger, mas estávamos no vazio da praia, fim de festa... E de imediato, lembro que falei:
— É tão bom te guardar assim; pertinho...
Eu via meus olhos brilharem só pela mudança do seu rosto. Ele ganhou formas diferentes depois do seu sorriso, meu menino. Me sentia mais completa por ter você ali; sorrindo para mim. Aquilo foi tão bom, a sua voz se encaixava na minha pele, tenho certeza que dormi tranquila - mesmo com a areia e o frio. Recordo que no mesmo dia, quando a manhã chegou, você roubou meu sono na cama. Sua mão no meu cabelo e meu rosto no seu peito. E eu não me sentia presa em nenhum momento. Engraçado... Foi nariz com nariz, olhos nos olhos e meu queixo no seu. Compartilhamos nossas esquisitices e te mostrei os anjos que existem, - lá se foi o meu sono. O ponteiro do relógio ia marcando as horas e eu ia concretizando que íamos chegar no nosso lugar, que íamos ser reféns da paixão, que se iniciou com uma brincadeira de colegial.
Ah! Meu menino, você é leve como um dente-de-leão; é praticamente um! Você fala comigo de uma maneira desajeitada e tímida, precisamente como um dente-de-leão quando ganha um sopro e se perde no ar. E é assim que me arranca sorrisos, me faz sereia! Eu sei que você se aproveita de quando falei das minhas brincadeiras de menina.
Até agora me pergunto como vivo longe de você, meu menino... Ainda assim; longe. Sua lembrança é incontinenti, as nossas lembranças são.
Isadora
sábado, 5 de novembro de 2011
Meu desejo ardente
Depois de trazer você para os meus sonhos, levanto sem coragem de te acordar e te dar um beijo de bom dia. Você parece uma criança enquanto dorme e sua boca é mais convidativa assim, do que quando está pactuado. Mas antes de acordar você, alisei cada traço do seu rosto, deixei com que cada fio do seu cabelo amaciassem entre os meus dedos; então pensei na nossa paixão impetuosa, meu menino. Eu queria tudo de uma forma perfeita, para que não houvesse fim. E você veio dizer que não era preciso. Você disse que minhas estratégias não seriam necessárias em nossa série. Também disse que poderia contar com você para tudo, com toda reciprocidade do seu coração, até mesmo com nossas brigas para serem usadas como base de aproximação maior.
A junção dos seus olhos e seu sorriso, amoleceram meu porte de forte. Me fez responder que estou errada. Você mediu toda a dimensão da minha felicidade. Fez com que eu fechasse meus olhos e ao invés do escuro, eu conseguiria te trazer ao meu mundo. Você me mostrou que além da madrugada e da chuva, posso viver no sol também, sem ter que cobrir meus olhos com nossos lençóis ou alguma de suas mãos. Eu sempre fugia da luz e dos reencontros de sentidos. Gostava de substituir isso por um sapo na lagoa ou uma lanterna voadora. Mas você sabe que sempre preferi as lanternas... Lagos com sapos me lembram das flores, e flores lembram o amor. E elas são como o amor, murcham com o tempo. Quem me contou isso foram as próprias flores das ruas.
Gosto de pescar no meu lago de memórias, nós dois sempre com pouco tempo, com pouca graça, com pouco aprochego. E era isso que fazia nós dois chegarmos atrasados, aos tropeços. Tão lindo, tão gostoso... Era bom chegar atrasado por alguns minutos a mais de carinhos, beijos e até promessas alienadas vindas de mentes e corpos nostálgicos, risos bobos.
Você sabe melhor do que ninguém que nós dois temos o abatimento da música, a condolência das palavras não ditas, a lembrança da borra de café que a "feiticeira" leu e disse que você entraria no meu caminho como interrogação, e para dizer ao meu coração que eu vou parar para esquecer o que ficou no baú. Você disse que jogaria a chave fora para eu nunca mais querer abri-lo. Desnecessário, meu menino; não se guarda, não se joga fora, apenas se queima as lembranças... Deixo-as cicatrizadas na minha mente de forma negra, com aviso de perigo e quimeras vive lá. Assim, saberei que meus sonhos encostaram nos seus e que estarei segura em seus braços.
Isadora
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