sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Sua ausência me condena a dor
Acredito que uma parte de mim sentirá sua falta para sempre. Os meses passam, mas são só os meses; os sentimentos se misturam. Tenho que parar com isso, preciso de um pouco de paz. Eu caía nos seus braços como ninguém, tinha torcicolo de tanto olhar para os seus olhos e jamais pensei que resguardaria dessa forma, o que ficou dentro de mim. Agora o que se encontra é a agonia, não os olhares... Eu nunca quis soltar sua mão, por medo de despencar de você. Seu sorriso era o que eu precisava e quanto ao resto era tanto faz.
Hoje, minhas confissões ficam pela metade. Me sinto longe da vida, que parece ser minha - ainda está confuso na minha mente, se porventura, ainda pode ser sua. Passo horas deitada, de pernas encolhidas, sem hora para nada. Queria muito saber por onde você anda, meu amor.
Apesar de gostar do escuro, não gosto da escuridão que vem de você. Fez parecer que sei lidar com isso. Sempre fico muda, sem prender choro, sem chorar, sem pensar; vazia. Fico assim para não te entregar a minha falta de coragem. É, te procurar tarde da noite, me declarar para você e cair em seus braços. Apesar de saber que não posso! Quero ser sua, porém longe disso tudo; sempre sua. Por que nunca consigo isso, meu amor? O vento bate em mim e arranca as lembranças do meu coração. Parece que você assopra para que isso tudo aconteça. E eu achando que minha solidão ia ficar bem guardada em baixo das estrelas, que boba. Guardei elas lá só por precaução. Subi em um Carvalho lindo, além de poder guardar minha solidão nas estrelas, eu ficava mais perto do céu, brincava com as folhas, sentia o vento e olhava a lua Minguante - isso é tão confortável, pena que me lembra você.
Ah! Meu amor, eu já quis roubar os raios de Zeus para te dar, quis transformar a escuridão debaixo dos meus pés, em uma vida mais clara para você, para nós dois. O que isso virou? Eu não tenho mais a cara que eu tinha, eu não tenho mais a alegria que eu tinha, não sei mais brincar com a poesia...
O melhor de tudo, era quando eu lembrava de você e de como você aceitava minha alegria violenta. Você sabia como lidar comigo quando eu acordava brava, só por você não ter dormido ao meu lado e preferido a sua cama, ao invés da nossa. Você sabia como brincar e como entrar nos meus sonhos, sabia como me fazer enxergar todo aquele castelo que eu nunca ia ter, sabia de tudo. Você nem ligava quando eu te chamava de mon cheri, nem entendia e ria.
Estou te entregando minhas mil e uma noites, minhas danças; vou te dar minha música, minha poesia... Te entregarei o meu para sempre. E assim, sua ausência não vai mais doer. Ah! Feliz mesmo é o homem de lata, que não tem coração... Só assim eu saberia que não vou te ter dentro de mim.
Isadora
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