segunda-feira, 22 de abril de 2013

Meu bem, que felicidade!


     Minha vontade de você só aumenta, meu príncipe. Depois de tantos anos, acho que vou te converter para "meu bem". Te cai tão melhor, apesar da tua beleza, tens pouco para ser príncipe. Se bem que para mim já é suficiente. Bem antes de te conhecer, já me vi encantada por seu sorriso... Principalmente quando ele se acende no meio da sua barba escura e pele branca. Ah! Meu bem, a forma como meu corpo se concentra em você, só quando você passa por mim, nem imaginas o tanto que é bom agarrar você e sussurrar no seu ouvido o quanto te adoro e o quão quente são seus braços e suas palavras.
     Nossos encontros são tão imprevisíveis, mas gosto de saber que são assim. Posso sentar no seu colo, beijar seu rosto, brincar com seus cachos bagunçados, te olhar fumar um cigarro todo focado no céu... Para depois eu sentir saudade do silêncio que há nos nossos carinhos. E a cada sete dias que se passa, penduro uma foto nossa no varal do meu quarto; só para não esquecer de lembrar você. E para reviver nossos momentos paralisados em fotografias, preto e branco, que tiramos no seu quarto. Gosto quando deitamos, trocamos beijos, leves carinhos, com a porta fechada para que nossos futuros planos não saiam por aí, sem pretensão de serem realizados. Gosto quando você tira fotos e coloca Jeneci... Só para fazer de um simples momento, o mais “cute” possível. Gosto até de perder a hora para o trabalho só para olhar você dormir por mais trinta minutos, sair despercebida para não interromper seu sono de cansaço. E meu romantismo se eleva com você, quando resolvo te escrever... Quando uso suas camisas para me servirem de pijamas e andar pelo seu apartamento, nas noites frias, com as pontas dos pés. Amor mesmo foi quando você me mandou um amigo seu, para saber se eu te queria e admito: irresistível te ver com cerveja na mão, olhando só para saber se eu iria responder ao teu sorriso tímido.
     Meu príncipe, meu bem, um novo amor surgiu no meio de nossa paixão platônica de anos, mas ele se foi e agora nos encontramos felizes, esperançosos e apaixonados de verdade. Nos amamos sozinhos por tanto tempo, que agora vamos fazer nosso para sempre. Vou ter você mesmo tendo o céu, as estrelas e a lua. Quero dizer que te agradeço com todos os beijos do mundo, por ter jogado no mar meu vício de escrever sobre a falta que o meu amor fazia. E agora só tenho coisas lindas para te mostrar, para te encantar. Me sinto feliz por ter amado você tão longe e agora hei de te amar perto; pertinho. Na praia, no campo, andando a cavalo, deitados na rede, mas sempre juntos... Só para eu poder fazer cafuné no seu cabelo, com o cheiro do seu perfume, que se apagou com o cheiro da terra molhada. Quando me levanto por culpa do seu cigarro, você insiste em sorrir no meio da fumaça e me puxar pela cintura, sem nenhuma aparência de medo da minha raiva engraçada, por você fazer isso. Beija meu pescoço só para eu me render e te amar mais, quando na verdade estou te detestando por amar quando você faz isso - entendeu? Mas a forma como você não tem medo do meu amor, é fascinante! Só sinto vontade de beijar a ponta dos seus dedos, tocar sua alma e olhar as palavras de Fernando Veríssimo, tatuadas em seu coração: “E para os amores impossíveis, tempo!
     Meu eterno bem, mesmo que cansada, vou esperar você chegar em casa, só para dizer que mesmo nos dando rótulos diferentes ao passar dos anos, vamos ser eternamente amantes da nossa arte, do nosso amor comum e clichê, que nos faz típicos tímidos sem resolução. E sempre sonhei que eu iria poder olhar você sempre que eu quisesse, sem ter que ir pedir xícara de café ou falar com seu cachorro. Agora eu só sei dançar com você, mesmo que seja do jeitinho mais horroroso; é com você que eu jogo todas as minhas conquistas para o alto. Meu Deus, me ajude! Naquele dia você me guiou na dança, puxou meu braço e só sorriu... Nem percebeu que minhas pernas viraram bambus, mas a nossa dança na chuva, disfarçou todo amor que havia entre nós naquele momento, naquela dança...
     Quase oito anos de diferença e parece mesmo que você sabe mais que eu. Quando toca o meu colo, pinta minha boca com a sua, descobre todas as minhas curvas e assim que você descobre que se deu bem no meu corpo, que é nele que você quer permanecer.
     Meu bem, eu já desisti de acreditar em metades de frutas, almas gêmeas e derivados... Porque sei que com você foi simplesmente amor de anos à vista.
     Eu te amo, meu bem!

Isadora




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