quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dois caminhos do universo


      E eu quero te escrever a mais linda carta de amor, ainda quero viver para rever minha linda São Paulo... Para dar a verdade, tem tempo que com saudade, que estou evitando, mas a solidão cola em cima. 
      Vou passando pela vida, num simples passear, fico na espera de me encontrar sem te encontrar em mim... E andando nesse passear, encontrei-me com um poeta, segurando um violão. Perguntou-me se a moça bonita queria um poema. Estava frio demais, senti que isso ia aquecer, tanto fora, quanto o coração de mel, então aceitei. Aquele poeta me viu por dentro? E em meio verso, ele me disse "Se liberta! Mostre ao mundo o seu amor. Atende a prece!" E aí foi comigo a frase, o poeta, o frio com calor, o sorriso, tudo uma bagunça só, lá na lembrança. 
      Todas as vezes que você me namorava com os olhos carentes, com sorriso canto de boca e se estampando no rosto aos poucos, com toque na ponta dos dedos, eu ia bem no fundo do castanho e achava o medo neles. Nunca entendi... Acho que pelo fato de ter esperança, de que iria passar. Mas aí que está; é a esperança que faz sonhar, faz imaginar como as coisas  poderiam ser. 
      E você pedia para eu deixar de negar que outra pessoa impedisse nosso sorriso. E deitados na varanda, escutávamos a vida tocando nossa melodia e ainda com vista bela, da cidade linda e que nunca dorme. No carinho dos beijos, encaixe de mãos, o universo todo colocava nossas dores, sei lá do que, para dançar e só com canto de passarinho, afinal, ele só nos davam essa dádiva, pela manhã e se acordássemos juntos.
      Tornei livre minha felicidade, tirei o tormento, a tontura, o tesão, o tudo, o "t" de te amo! Mas por amor, sinto falta do alfabeto... Cadê a censura do meu short? Cadê o guarda-chuva para me livrar do resfriado? Cadê sua simplicidade na vida, dificultando a minha? Cadê o seu "kd"? CADÊ VOCÊ? Não! Eu não sei lidar com isso. Eu quero estar sozinha, mas com você, apenas falando com os olhos. Porque eu não quero esquecer, não quero ignorar, não quero doer. Só quero ver o tempo voar, ver de longe as asas dele, mas te amando e ouvindo você me chamar de branquela, amor, mor, linda, princesa, chata, idiota, feia... Rir! Rir e rir.
      Distância separa, faz amar, faz chorar, faz doer, faz esquecer; você acha que acaba, mas vem a saudade e faz lembrar...
      A sorte te escolheu, o destino te odiou e eu te amei. Tal desconhecido mostrou a mim a mais pura verdade disso tudo: "O imprevisto acontece e alguém te encontra. E te reencontra. Te reinventa. Te reencanta. Te recomeça."


Isadora


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ôh dor de amor...



     Como sinto sua falta, meu amor! Seus defeitos, a grosseria vinda das suas palavras... Cheguei a achar que sentia falta de quando você sumia e me fazia perder o chão; sua especialidade. Você vai e me deixa aqui, de coração partido, me faz dormir sem saber se um dia você vai ficar ou não. E nessa de ir e vir, me deixa louca!
     Sabe, me vi em você inúmeras vezes. Quis fugir dos seus braços, que quase sempre me guardaram tão bem. Mas eu apenas quis, não tenho sua facilidade de desaparição. Eu nunca seria pária para você. Nunca escondi de você que queria ter minha cabeça em seu peito, e experimentar isso foi tão bom, mas teus braços  envolvidos em mim, me prendiam numa segurança suicída. Bom... Todo seu amor é suicída.
     Ah! meu amor, você foi me amando, foi ficando e em meio de tantos sumissos, percebi que acabaria com a minha vida! Mas não acho que é de propósito, ou costume, e sim por ter o poder de quebrar o que toca.
     Eu já mencionei o meu do mar, não é? E engraçado, se fosse te descevrer em uma palavra, "mar", seria ela. Você consegue ser tão profundo quanto um e além disso, consegue ser tantas coisas... Porém, jamais tive, ou teria, medo de você.  Já achei que você fosse um anjo! Todos dons, tantos sentimentos, calma, uma criança - você se torna pequeno quando está comigo. Talvez quando eu fale, você não acredite, mas tem noção do quão bem faz a mim e a outras pessoas? Você se demonstra tão frio, em certos momentos, mas alguém que tentar ler seu coração e enxergar sua alma, vai ver o quanto você é quente. Mas está bem, vejo nobreza em seu gesto de me amar e me fazer sentir assim. Agradeço!
     Apesar de não ter mais fé em nós dois, peço a Deus  para te guardar, todos os dias. E até o fim de meus dias, será assim, "boa noite, meu amor...."
     O fato de você não ter levado em conta o meu amor, não me torna pior, e sim melhor. Quando estávamos bem, era lindo, mas quando a perfeição acabava, entrávamos em um apocalipse dentro de nós mesmos. Era, e é, impossível de parar! Nem quando dormimos; pois o sonho vira pesadelo.
     Eu não sei qual é a minha relação com a dor, vinda de você, mas sei que ela é para sempre e sem cicatrizes. Mas é ela que me faz entender que algumas princesas não terão um final feliz, mas não pelo fato delas não merecerem, e sim, porque a dor se torna maior que qualquer sentimento puro.  

Isadora


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Juntos eles vão


        O dia em que ela descobriu que era amor, imaginou o dia em que encontraria ele pela primeira vez, e todas as noites isso acontece.
        A câmera fotográfica vai ser tudo que ela precisará, para ir ao aeroporto, ao encontro dele. E uma amiga, talvez. Afinal, alguém que tente tranquilizar sempre é bom.
        Ela o espera ansiosamente, terá um bicho de pelúcia em mãos - algo relacionado a eles. Pouco idiota, mas se tratava apenas deles. Ao vê-lo, o sorriso dela desabrocha e abriga toda felicidade que há no mundo. E ao invés de dar preferência ao primeiro beijo, ela vai encaixar-se nos braços dele, para nunca sair - como ele mesmo diz. Depois do abraço, vai acalmar o corpo dela olhando para o sorriso bobo e tímido dele. E aí os dois vão ficar corados. Ela vai fazê-lo falar sem parar, ama a voz, o sotaque e o jeito que ele a chama de "minha linda".
        Talvez ela fique perdida e não saiba para onde levá-lo - naquele momento, mas sabe que desgrudar dele, ela não vai.
        Vão ser poucos dias, para o tanto de amor e saudade do que não existe - ainda, mas em suas mentes havia uma porção de coisas para fazer e juntos eles iam dividir Milkshake, beijar na chuva, combinar roupas, ir a uma roda gigante e comer maçã-do-amor. Dormir de conchinha e acordar para o café da manhã. Para ficar perfeito, eles podem se meter em encrenca. Vão comprar camisetas, usar e depois trocá-las entre si. Vão cozinhar receitas da internet, que vão dar errado e serão obrigados a sair e comer comida Japonesa - que são fanáticos. Vão à praia, se beijarão embaixo d'água e verão os peixes. Cantarão músicas feias. Vão construir uma cabana de lençóis e vão fazer a grande guerra de sorvete. Farão um piquenique no Zoológico. Vão jogar vídeo-game e, tenho para mim, que ela vence dele. Vão fazer um vídeo de casal e revelar suas fotos. Vão fazer sexo e depois tomar banho. Mesmo, os dois, detestando dança, vão dançar devagar e sem música. Vão ver filmes e comer o brigadeiro que ele faz - a irmã dele é apaixonada. Vão jogar o jogo da velha. Juntos e abraçados, vão ver o pôr-do-sol e o nascer dele. Ele vai poder olhá-la dormir. Vão jogar futebol, ela roubará o boné dele, irão ao Paint Ball para fotografar e muitas coisas mais. Uma lista interminável de coisas que querem fazer juntos.
        Na despedida de seu amor, ela não achou que seria bom escrever ou sequer pensar. Além de todas essas coisas, ela sabe que quando acordar no dia seguinte, sem ele, vai esperar a noite cair para planejarem o próximo encontro e adormecerem juntos no telefone.
        E quando vai ser isso mesmo?

Isadora

quarta-feira, 16 de maio de 2012

=(


terça-feira, 17 de abril de 2012

Deixa de ser amor, para ser lembrança


      Acho que estou sofrendo de um vicio raro: a falta que você me faz!
      Sempre quis você de todos os jeitos... Quis seu abraço, quis você deitado na minha cama, quis ver você sem camisa, quis você com cara de sono, quis nós dois brigando e se entendendo no dia seguinte, quis sua testa colada na minha, quis seu beijo gostoso, quis te olhar dormir, quis seu sorriso. Te quis, te quis muito... E hoje só restou eu me lembrando disso tudo.
      Eu e você nos perdemos, por aí, como tantos outros casais. Agora lembro de nós dois com planos de viagens, nossos futuros filhos, que iam nascer com o seu sorriso. Quero guardar isso comigo, mas nem preciso querer. Olha, fomos um casal excepcional!
      Depois de tantos anos, tantos encontros e desencontros, idas e vindas, etc., foi com um ato imperceptível, que tudo se acabou. Me senti como um iceberg e aquela pessoa, forte que havia dentro de mim, se escondeu. Mas mesmo assim joguei tudo para o alto; fui nua, atrás de ti. Esqueci orgulho, esqueci brigas, coisas ruins, minhas roupas e fui só com o meu amor; nosso amor. Quando percebi, que nada seria como antes, vi que você foi o primeiro a dar um passo a frente e começar a ter outro sonho, pois o nosso, havia acabado.
      A cada meia-noite que o relógio bate, mais um dia se vai e nosso distanciamento é maior. E com essa de que o tempo cura, nada passa, só o tempo.
      Enquanto eu estou com a Clinomania dentro de mim, você havia trocado nosso retrato, de cabeceira, pelo de outro alguém. Mas como? Você era, é, o amor da minha vida! E mais uma vez o meu coração, quebrado, virou estilhaço. Toda esperança que eu tinha, se foi. Meu sangue ferveu e eu não sei se conhecer novas pessoas, trará alguma mudança. E é aí que eu tenho saudade, dor de saudade, mas enquanto era saudade, tudo menos ruim. Mas sentir saudade não vai trazer você de volta.
      O que me restou, foi mostrar que me divirto muito mais sem você, que eu sou melhor sem você, riu mais, amo mais, brinco mais, tudo mais; menos você. E mesmo que tudo mude, daqui há 50 anos, quando alguém falar seu nome, irei lembrar de ti e sentir tudo o que sinto, de novo. Mas com uma exceção, vou sentir através da memória. Que por fim, é minha maior inimiga - nem se eu acordar e não pensar em você, nem se eu me embriagar de vodka, nem se eu ingerir todos êxtases do mundo, dá para esquecer. Mesmo colocando você no meu passado, sempre irei sentir sua falta. No passado, nosso futuro era de incertezas e eu sabia que nada ia ser tão duradouro, para nós. Mas mesmo assim, pedi para que ficasse. E sei que fui egoísta quando te pedi isso, mas fazer o que.
      Entrei no mar para lavar a alma e já não te chamo mais de "meu amor". Ah! Acho que foi bom o banho de "levar"; levou tudo o que você gostava em mim... Levou o brilho dos meus olhos quando te via sorrir, o encaixe dos meus dedos nos seus, o cheiro do meu cabelo, os poemas de geladeira, o calor do teu corpo que estava no meu, levou o espaço da minha cama que havia para você, nosso retrato esquisito no meu iPad; me levou... Não precisei nem libertá-lo, você fez isso sozinho.
      Eu tentei parágrafos, versos, letras, poemas, palavras e não entendi como se demonstra amor. E agora, nem sei mais o significado da palavra amor, afinal não dá para amar sozinho.
      Agora estou me encaixando na frase do Mário Quintana: "Atos são pássaros engaiolados. Sentimentos são pássaros em voo." De certo modo, as lembranças que ficam, vão servir para que eu não seja idiota novamente. Mesmo quando estávamos vivendo em uma tempestade, achei que você ficaria feliz em se divertir na chuva, ao meu lado. Mas tudo bem, eu o entendo por não ter aceitado.
      Em todos anos, todas as coisas que escrevi, quero falar que amor à distância vai além de beijos, abraços, sexo e estar perto. Dói saber que a pessoa que te faz feliz, mora longe. Tive esperanças, brotou um sentimento, uma alegria... É acreditar no sentimento de outra pessoa, acreditar em um "nós", que existia à quilômetros. Enfim, eu realmente não quero continuar falando sobre isso.
      Não tenho mais certeza de nada, com ou sem você já se tornou tanto faz. Confesso que não é fácil não pensar em você, não te contar meus planos, não te encontrar. Mas eu vou aprender a te esquecer, assim como aprendi a te lembrar.

Isadora


sábado, 7 de abril de 2012

Ele, ela... Distantes


         O carinho que ele tem com ela, fez com que a conquistasse. E tudo o que eles passaram, mesmo longe, fez ela ter a certeza de que o ama e o quanto precisa dele.
         Ela se acha boba para falar de amor e que seus sentimentos são, toda vida, aflorados. A forma como ele a trata desde o início, deu a sensação de que ela escreveria centenas de cartas ou até mesmo um livro... E sendo assim, ela achou que deveria escrever - como um poema, de coisas que ama, e odeia, nele. Quando ela o conheceu, foi difícil manter o contato, nunca se encontravam e com isso foi crescendo uma saudade; mas saudade do que? De querer conhecer, de querer poder dizer "oi" ao mesmo momento, ou até de algo promissor para o futuro? Ela não sabia. E mais uma das certezas que havia nela, era a de citar todos os pormenores, mas levaria bastante tempo para recordar de tudo.
         Ela não sabe se eles são iguais, mas gosta do jeito nem aí dele - para algumas coisas, gosta de quando ele abre o seu coração para ela, adora do seu gosto por sorvete, cachorros e crianças. E quando ele resolve cozinhar? Meu Deus, como ela ama! Eles dois gostam do frio, da cama, das pernas entrelaçadas uma nas outras, gostam da bagunça organizada de seus quartos, da chuva, de pinguins, de chocolate e de provocações fora de hora e lugar. Se gostarem já é o suficiente! E apesar de tantas e poucas coisas em comum, ela queria saber se casais "normais" - próximos, têm todo esse cuidado, esse ciúmes doentio e essas loucuras sexuais. Ele gosta de tratá-la como um bebê, e bem sabe ela que o "bebê" da relação é ele: o senhor teimosia. O cuidado dele com ela é algo tão doce, que a deixa encantada e mais boba que o normal. Ah! Apesar da distância, eles parecem ser um casal normal, eu acho. Eles se amam, brigam, trocavam sms's na madrugada, fotos, vídeos e fazem vozes ridículas de neném e língua do "b", entre outras coisas que não lembro agora.
         Todo casal à distância tem uma essência especial, todos têm, mas são diferentes. Eles têm que lidar com uma saudade do que nunca tiveram em mãos, com desejos incontroláveis - que podem resultar em brigas, ciúmes, tristeza e por aí vai... É uma infinidade de coisas. O amor à distância se resume, realmente, ao amor verdadeiro. Só em eles deitarem parar dormir e imaginar um ao outro, montar planos de um casal normal, de como vai ser o primeiro beijo, o primeiro abraço, as primeiras fotos, o primeiro sexo... A primeira vida JUNTOS! Por fim: a saudade que isso tudo vai causar, quando partirem, também, pela primeira vez. É bom.
         Mesmo amando muitas coisas nele, ela odeia muitas também. Começando pelo o boné que ele não tira da cabeça nunca. O fato dele não ligar para ela, também a deixa irritada e é a segunda coisa que mais odeia nele. Ela odeia por ele não contar suas coisas e como ele esquece das coisas que ela fala, odeia quando eles brigam por bobagem ou por ele pirar e ficar diferente com ela. Mas ela cansou de odiar e por fim, odeia a distância entre eles!
         Ela reserva uma parte do tempo para olhar casais, à distância, que nunca desistiram um do outro; o que a deixa com medo que ele desista dela. Pois ela não quer perder o que a faz bem, o que a faz rir, enfim: o amor deles. Mesmo com as muitas idas e vindas dele, isso faz com que ela deite à noite e ache que, no mês seguinte, eles vão estar juntos. Ela nunca perdeu a esperança nele, apesar de que tudo que passaram, poderia tê-la feito desistir e morrido. Mas nunca deixou de acreditar no amor dele. É difícil para ela escrever, sentir, querer... Tudo ao mesmo tempo. Ela pensa se eles vão ficar nessa lonjura para sempre... É horrível de mais.
         Ela está sem ele. Só podem ficar juntos nos sonhos. E esses dois anos que eles estão como incógnitas, ela tem um desejo bobinho - que guarda a 7 chaves, e só viu ele mencionar uma única vez e nem sabe se foi verdade.
         Com muitos apesares, ela espera que algum dia, eles possam estar juntos. Um dia de muitos...

Isadora

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Conversa de estrela


         Eu acordei no fim da tarde e foi bom ver você ao meu lado; eu até pensei em afagar minha mão no seu cabelo, mas fiquei com medo de acordar você, meu amor. Eu acabara de ter um pesadelo; parecia tão real que eu realmente quis acordar você, só para sentir o conforto dos seus braços no meu corpo, que gelava naquele momento.
         Fui, então, me misturar com as estrelas - sabe, ser uma delas. Era cedo para haver muitas, por volta das 17h que elas começam a se mostrar. E enquanto elas não apareciam, deitei no telhado e fui ver, meus tão adorados, desenhos de nuvem - você sabe que quando falo de um amor, entro nas nuvens e fico lá; perdida. Vi um dinossauro bebê, uma orelha de elefante e um coração desmanchando, até que elas sumiram e eu só via o meu céu azul escuro. Um ponto queria brilhar, mas ela estava tão fraca... Será que estrelas ficam doentes?
         Resolvi perguntá-la se eu estava em seus sonhos, meu amor. Ela foi sincera e disse que não. Mas acredito que foi pelo seu cansaço - domingos à tarde nunca são fáceis para nós dois.
         Recebi uma mensagem sua e parecia que estávamos longe um do outro - meu amor, foi-se o tempo em que 2.672 km nos separavam...
         Acho que vou voltar para mim e para a estrela! Amor demais pode ser veneno, ou pimenta, ou os dois, ou nenhum... Ah! Sei lá. Meu Deus, o que tenho dentro da cabeça para amar tanto? E não; eu não quero saber de onde vem tanto amor. Eu só queria saber porquê minhas ideias se embolam, porquê eu penso mais nele do que em mim, o porquê de tanto por que. Viu só? Eu fugi de todo o meu propósito só para voltar para ele, só dele. Às vezes nem os loucos me entendem - loucos de amor, não os malucos beleza.
         Frase clichê na vida de mulheres apaixonadas é essa: "amor não se descreve, se sente." Mas o que sentimos? Para que tanta dor de amor? Você nunca perguntou se eu já senti dor de amor por você ou qualquer outro alguém. Enfim, por que o que sentimos, faz com que nós dois nos desejemos para sempre? Que raio de magia do amor é essa? Vivemos a vida com dias felizes e tristes, no meu caso mais tristes, mas depois lhe conto, meu amor. E por que não desejar que haja um chocolate eterno? Chocolate também é feliz, é amor.
         Eu vejo o príncipe encantado em você, mas como? Eu já tenho um príncipe! Por que você cuida tão bem de mim e depois vai embora, como se nada tivesse acontecido? Por mais amor que possa haver, o coração carece, pede licença e se retira. Mas lhe digo, ele fica exausto, frio  e sem funcionar como deveria. Você é o que eu preciso sempre, mas o sempre é agora. Eu não me importo se você é o Lord Valdemort, só preciso agora. Ele não vai aguentar esperar mais uns meses.
         Devo dizer-te meu amor, para curar isso leva um tempo, minha razão já disse, mas o coitado do coração acha que é coisa eterna, caso para terapia, vida com músicas melosas e depressão falsa - só fingindo que quer esquecer.
         Ora essa! Anos vão passar e o que vai acontecer? Por sua culpa o meu cérebro e coração vivem em guerra. Atualmente, meu coração te perdoou - feito um idiota, mas meu cérebro está de guerra infinita com você...
E confesso: me perdi!
         Vou te encontrar no futuro e vamos nos perdoar... Vou ouvir minhas músicas, passar pelos "nossos" lugares sem sentir nada. E foi aí que a estrela me disse:

— Vai amar um outro alguém, menina.
— Por que você diz isso, estrela?
— Porque é verdade.
— Mas ele é o meu amor!
— Você vai sorrir outra vez, menina.
— Quero apenas o meu sorriso para ele.
— Você vai agir como idiota por muito tempo, mas quando sorrir novamente, seu coração vai vê-lo como base.
— Base?
— Sem mais futuro. Seu amor lhe chama.
— Mas...
— Boa noite, menina.

Que estrela travessa! Vem me dizer bobagem e sai assim.
         Ah! Meu amor, gosto de beijar você com esses bicos de sono, gosto da nossa vidinha de comida congelada, super proteção sua para assistir filme, do nosso sexo e até mesmo minhas birras por bobagem... Eu e você demoramos parar ser nós, mas é gostoso. Hoje é só isso que eu quero; realidade.
         E tudo começou com um pesadelo. Acordei para a vida e descobri que a vida era um sonho.

Isadora

quinta-feira, 15 de março de 2012

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Adeus Carnaval

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meus muros


       Eu quero quebrar minha parede de segredos, na verdade, elas são muros; seria fácil para mim, você poderia saber coisas. Meu coração sempre vai ser cheio de mistérios, assombros, inseguranças. E eu queria saber se isso acontece com o seu também. Nós dois somos arte do destino, talvez tragédia do destino. E, mais uma vez, como isso aconteceu? 
       Isso tudo que vivemos não foi demais, foi só amar. Minha necessidade de carinho, cuidado, amor, beijo e abraço venceu outras coisas que nem eu entendo. Eu precisava matar a solidão. Quem vê tristeza por eu estar só hoje, não enxerga que transbordava felicidade quando estava com você, meu menino. Desde o início pedi franqueza caso eu me apaixonasse por você; perguntei se me entenderia - já amei antes e o amor é está acima de beijos com língua. E eu queria me apaixonar por alguém que depois de uma discussão, viesse até mim para uma conversa, queria me apaixonar por uma saudade recíproca. 
       Sinceridade foi a primeira coisa: não sei fazer massagem, as vezes estou "nem aí" para roupas, tenho atração por coisas bobas e nos meus risos escondi as coisas mais sérias da minha vida. Eu não achei que isso tudo fosse virar lembrança... Mas continuo fascinada pelo seu sorriso.

Isadora

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nuvens


     Eu acho que minha ausência explica tudo que passei a dizer aqui. Até me perguntei se tinha cansado de escrever para você, meu menino. Mas não foi isso; eu apenas dormi. O clarão do meu quarto estava me incomodando, procurei por músicas tristes, cheguei até à procurar qualquer tipo de coisa que me deixasse com a mente ocupada, sabe? Só para recompensar o tempo que passei escrevendo para você, basicamente, revivendo nossas histórias de paixão. Em meio disso tudo, esperei muito! Mas esperei por algo que não ia vir...
     Tenho enxergado tudo muito artificial, sinto vontade da minha praia só para poder ver as nuvens - me deito nos lugares com intuito de olhar para elas e encontrar você. A sua distância me deixou sem brilho, seca, desnorteada e não precisa dizer que sempre fui tudo isso, eu já sei. Mas agora é diferente; as pessoas parecem notar isso em mim, estão me conhecendo pelo real, porém, pelo lado sujo. Me condenando só de olhar. Não me importo; encaro-as da mesma forma.
     Minha insônia faz com que eu te escreva e sinta vontade de soletrar nossas histórias. Ah! Meu menino, você sabe que o que me deixa triste é a luz do Sol, você sabe como eu fico, parece que permaneço em transe. Só me sinto feliz na chuva, feliz em exibir meu guarda-chuva preto - que por sinal, está velho. Sabe; minha mania de saudade faz lembrar de absolutamente tudo, mas eu quero fazer diferente. Apesar do clichê não fazer muito parte de mim, irei aderir ele por hoje! Eu queria muito que você estivesse aqui, queria minha cabeça sobre a sua, fazer todas minhas bobagens com você. Queria escutar sua voz cantando a música mais velha que pudesse existir ou até mesmo ouvir seu silêncio - que só eu entendo, queria me transformar no seu vício novamente e fazer você esquecer a estupidez de fazer exercícios físicos constantemente. Eu só queria te trazer para mim agora, mesmo sendo o comum e mesmo eu não gostando.
     Suas promessas nunca me deram esperanças, eu só gostava pelo fato de rir depois e não ter que te cobrar. Acho que essa certeza toda, vinha junto com a guerra das nuvens contra mim. Quando elas cismavam, entravam em conflito comigo e não me deixavam encontrar os desenhos e nem mesmo você, meu menino. Elas fazem isso para que eu absorva você de alguma forma, mas minha necessidade de injetar você é muito maior. Com você aprendi que amar não é o bastante e que o passado não se contenta em ser passado, ele sempre quer estar presente. 
     Ter dezesseis ou dezoito anos e amar, é perigoso. Descobri isso enquanto acordava ao seu lado. Eu gostava de sentir as pontas dos seus dedos na minha barriga, e você adorava desenhar o símbolo do infinito - e nós nem mencionávamos isso na nossa história de amor, não queríamos estragar com coisas que passam. Aquele carinho me dava um sono sem fim e o que me mantinha acordada era o seu sorriso. Enquanto outros rapazes desejam encontrar mulheres perfeitas quando acordam, você só queria ver meu cabelo, bagunçado, contra o Sol e minha boca seca. E eu te puxava, para beijar seu pescoço até marcar e poder dizer que você é minha poesia, como ninguém jamais foi. 
     Eu aprendi com uma menina, que encontrei na rua, que devemos amar baixinho, mas não sei o que me deu e eu quis te amar alto, muito alto. Quis ver as flores e molhar nós dois, quis brincar de cabana com o seu irmão mais novo, quis encostar meus lábios nos seus. Mostrei para você e para o mundo, que a beleza não está só nas cores e que a alma pode ser de criança para sempre. E com esses afins, gravei no meu coração, que o amor sempre deixará marcas significativas.

Isadora