sábado, 7 de abril de 2012
Ele, ela... Distantes
O carinho que ele tem com ela, fez com que a conquistasse. E tudo o que eles passaram, mesmo longe, fez ela ter a certeza de que o ama e o quanto precisa dele.
Ela se acha boba para falar de amor e que seus sentimentos são, toda vida, aflorados. A forma como ele a trata desde o início, deu a sensação de que ela escreveria centenas de cartas ou até mesmo um livro... E sendo assim, ela achou que deveria escrever - como um poema, de coisas que ama, e odeia, nele. Quando ela o conheceu, foi difícil manter o contato, nunca se encontravam e com isso foi crescendo uma saudade; mas saudade do que? De querer conhecer, de querer poder dizer "oi" ao mesmo momento, ou até de algo promissor para o futuro? Ela não sabia. E mais uma das certezas que havia nela, era a de citar todos os pormenores, mas levaria bastante tempo para recordar de tudo.
Ela não sabe se eles são iguais, mas gosta do jeito nem aí dele - para algumas coisas, gosta de quando ele abre o seu coração para ela, adora do seu gosto por sorvete, cachorros e crianças. E quando ele resolve cozinhar? Meu Deus, como ela ama! Eles dois gostam do frio, da cama, das pernas entrelaçadas uma nas outras, gostam da bagunça organizada de seus quartos, da chuva, de pinguins, de chocolate e de provocações fora de hora e lugar. Se gostarem já é o suficiente! E apesar de tantas e poucas coisas em comum, ela queria saber se casais "normais" - próximos, têm todo esse cuidado, esse ciúmes doentio e essas loucuras sexuais. Ele gosta de tratá-la como um bebê, e bem sabe ela que o "bebê" da relação é ele: o senhor teimosia. O cuidado dele com ela é algo tão doce, que a deixa encantada e mais boba que o normal. Ah! Apesar da distância, eles parecem ser um casal normal, eu acho. Eles se amam, brigam, trocavam sms's na madrugada, fotos, vídeos e fazem vozes ridículas de neném e língua do "b", entre outras coisas que não lembro agora.
Todo casal à distância tem uma essência especial, todos têm, mas são diferentes. Eles têm que lidar com uma saudade do que nunca tiveram em mãos, com desejos incontroláveis - que podem resultar em brigas, ciúmes, tristeza e por aí vai... É uma infinidade de coisas. O amor à distância se resume, realmente, ao amor verdadeiro. Só em eles deitarem parar dormir e imaginar um ao outro, montar planos de um casal normal, de como vai ser o primeiro beijo, o primeiro abraço, as primeiras fotos, o primeiro sexo... A primeira vida JUNTOS! Por fim: a saudade que isso tudo vai causar, quando partirem, também, pela primeira vez. É bom.
Mesmo amando muitas coisas nele, ela odeia muitas também. Começando pelo o boné que ele não tira da cabeça nunca. O fato dele não ligar para ela, também a deixa irritada e é a segunda coisa que mais odeia nele. Ela odeia por ele não contar suas coisas e como ele esquece das coisas que ela fala, odeia quando eles brigam por bobagem ou por ele pirar e ficar diferente com ela. Mas ela cansou de odiar e por fim, odeia a distância entre eles!
Ela reserva uma parte do tempo para olhar casais, à distância, que nunca desistiram um do outro; o que a deixa com medo que ele desista dela. Pois ela não quer perder o que a faz bem, o que a faz rir, enfim: o amor deles. Mesmo com as muitas idas e vindas dele, isso faz com que ela deite à noite e ache que, no mês seguinte, eles vão estar juntos. Ela nunca perdeu a esperança nele, apesar de que tudo que passaram, poderia tê-la feito desistir e morrido. Mas nunca deixou de acreditar no amor dele. É difícil para ela escrever, sentir, querer... Tudo ao mesmo tempo. Ela pensa se eles vão ficar nessa lonjura para sempre... É horrível de mais.
Ela está sem ele. Só podem ficar juntos nos sonhos. E esses dois anos que eles estão como incógnitas, ela tem um desejo bobinho - que guarda a 7 chaves, e só viu ele mencionar uma única vez e nem sabe se foi verdade.
Com muitos apesares, ela espera que algum dia, eles possam estar juntos. Um dia de muitos...
Isadora
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