Acho que estou sofrendo de um vicio raro: a falta que você me faz!
Sempre quis você de todos os jeitos... Quis seu abraço, quis você deitado na minha cama, quis ver você sem camisa, quis você com cara de sono, quis nós dois brigando e se entendendo no dia seguinte, quis sua testa colada na minha, quis seu beijo gostoso, quis te olhar dormir, quis seu sorriso. Te quis, te quis muito... E hoje só restou eu me lembrando disso tudo.
Eu e você nos perdemos, por aí, como tantos outros casais. Agora lembro de nós dois com planos de viagens, nossos futuros filhos, que iam nascer com o seu sorriso. Quero guardar isso comigo, mas nem preciso querer. Olha, fomos um casal excepcional!
Depois de tantos anos, tantos encontros e desencontros, idas e vindas, etc., foi com um ato imperceptível, que tudo se acabou. Me senti como um iceberg e aquela pessoa, forte que havia dentro de mim, se escondeu. Mas mesmo assim joguei tudo para o alto; fui nua, atrás de ti. Esqueci orgulho, esqueci brigas, coisas ruins, minhas roupas e fui só com o meu amor; nosso amor. Quando percebi, que nada seria como antes, vi que você foi o primeiro a dar um passo a frente e começar a ter outro sonho, pois o nosso, havia acabado.
A cada meia-noite que o relógio bate, mais um dia se vai e nosso distanciamento é maior. E com essa de que o tempo cura, nada passa, só o tempo.
Enquanto eu estou com a Clinomania dentro de mim, você havia trocado nosso retrato, de cabeceira, pelo de outro alguém. Mas como? Você era, é, o amor da minha vida! E mais uma vez o meu coração, quebrado, virou estilhaço. Toda esperança que eu tinha, se foi. Meu sangue ferveu e eu não sei se conhecer novas pessoas, trará alguma mudança. E é aí que eu tenho saudade, dor de saudade, mas enquanto era saudade, tudo menos ruim. Mas sentir saudade não vai trazer você de volta.
O que me restou, foi mostrar que me divirto muito mais sem você, que eu sou melhor sem você, riu mais, amo mais, brinco mais, tudo mais; menos você. E mesmo que tudo mude, daqui há 50 anos, quando alguém falar seu nome, irei lembrar de ti e sentir tudo o que sinto, de novo. Mas com uma exceção, vou sentir através da memória. Que por fim, é minha maior inimiga - nem se eu acordar e não pensar em você, nem se eu me embriagar de vodka, nem se eu ingerir todos êxtases do mundo, dá para esquecer. Mesmo colocando você no meu passado, sempre irei sentir sua falta. No passado, nosso futuro era de incertezas e eu sabia que nada ia ser tão duradouro, para nós. Mas mesmo assim, pedi para que ficasse. E sei que fui egoísta quando te pedi isso, mas fazer o que.
Entrei no mar para lavar a alma e já não te chamo mais de "meu amor". Ah! Acho que foi bom o banho de "levar"; levou tudo o que você gostava em mim... Levou o brilho dos meus olhos quando te via sorrir, o encaixe dos meus dedos nos seus, o cheiro do meu cabelo, os poemas de geladeira, o calor do teu corpo que estava no meu, levou o espaço da minha cama que havia para você, nosso retrato esquisito no meu iPad; me levou... Não precisei nem libertá-lo, você fez isso sozinho.
Eu tentei parágrafos, versos, letras, poemas, palavras e não entendi como se demonstra amor. E agora, nem sei mais o significado da palavra amor, afinal não dá para amar sozinho.
Agora estou me encaixando na frase do Mário Quintana: "Atos são pássaros engaiolados. Sentimentos são pássaros em voo." De certo modo, as lembranças que ficam, vão servir para que eu não seja idiota novamente. Mesmo quando estávamos vivendo em uma tempestade, achei que você ficaria feliz em se divertir na chuva, ao meu lado. Mas tudo bem, eu o entendo por não ter aceitado.
Em todos anos, todas as coisas que escrevi, quero falar que amor à distância vai além de beijos, abraços, sexo e estar perto. Dói saber que a pessoa que te faz feliz, mora longe. Tive esperanças, brotou um sentimento, uma alegria... É acreditar no sentimento de outra pessoa, acreditar em um "nós", que existia à quilômetros. Enfim, eu realmente não quero continuar falando sobre isso.
Não tenho mais certeza de nada, com ou sem você já se tornou tanto faz. Confesso que não é fácil não pensar em você, não te contar meus planos, não te encontrar. Mas eu vou aprender a te esquecer, assim como aprendi a te lembrar.
Isadora

seus textos são muito bons. mais esse está realmente lindo! foi sobre um fim de namoro a distancia?
ResponderExcluirÉ pro LF?
ResponderExcluir"amor" nao tem fim
ResponderExcluirvoce é melosa pra caralho
ResponderExcluirMuito melosa...
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